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Apesar de ter se tornado um dos principais assuntos do mercado de e-commerce brasileiro recentemente, os marketplaces já possuem um lugar de destaque no País. Os dados de mercado comprovam: além de um faturamento de R$ 41,3 bilhões apenas em 2015, segundo a E-bit, pesquisas também apontam que as vendas via marketplaces representaram, somente no ano passado, 20% das vendas dos grandes players do e-commerce que aderiram ao canal de vendas. Com boas perspectivas também neste ano, o tema é oportuno para estrear nossa nova seção de entrevistas no blog.

Nesse conceito de vendas online no Brasil, uma das grandes referências é o Mercado Livre, que iniciou suas operações no Brasil em 1999, e atualmente já conta com 40 milhões de visitantes únicos por mês. Com o intuito de mantê-los informados sobre todos os detalhes e novidades em tecnologia desse universo, entrevistamos o diretor de Marketplace do Mercado Livre, Leandro Soares. Durante a entrevista, o diretor revela como o modelo pode se tornar um importante aliado para diversos tipos de negócios. Confira agora nossa entrevista sobre marketplace:

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1- O marketplace pode ser considerado uma boa alternativa mesmo em tempos de crise? Por quê? 

Leandro Soares – Sim. Acredito que seja uma boa alternativa e costumo dizer que o marketplace está para o mundo online assim como o shopping center está para o mundo físico. Embora a E-bit tenha registrado uma queda de 7% do comércio eletrônico no primeiro semestre, nossa empresa registrou um crescimento em reais de 57%. Por isso, independentemente do momento, o marketplace alinha a expectativa do vendedor e, além disso, os custos são variáveis, pois as despesas só ocorrem no caso de vendas e não há nenhum investimento de risco para os vendedores.

2-O modelo é indicado para todos os tipos de negócios? E também para diversos segmentos?

Leandro Soares – Sim. Temos todos os modelos de negócios no mesmo ambiente com boa performance. Pequenas, médias e grandes empresas vendem, além de empreendedores como pessoas físicas, que às vezes percebem a oportunidade, criam um negócio e crescem dentro da plataforma.

3-Quais são as principais vantagens de vender por meio de marketplaces? 

Leandro Soares – O lojista garante inúmeras vantagens, e a principal está relacionada à demanda, já que há um grande volume de pessoas acessando todos os dias. Temos atualmente 40 milhões de visitantes únicos por mês. Além disso, os benefícios ligados à tecnologia também são importantes, pois o marketplace oferece uma série de ferramentas, como o pagamento, gestão de pedidos no dia a dia, segurança da informação com todos os dados criptografados e o canal adicional de vendas. Ainda há o Mercado Envios, que ajuda na distribuição dos produtos e facilita o envio para todo o Brasil.

4-Como o marketplace pode ser um aliado nas vendas dos e-commerces?

Leandro Soares – Por que um shopping center ajuda? Porque o lojista tem acesso a um público diferente, que talvez ele não tivesse em um ponto físico na rua. No caso do marketplace, ele oferece uma vitrine a mais para os e-commerces para que o público enxergue o produto. Um não exclui o outro e juntos aumentam a possibilidade de serem vistos.

5-Como enxerga o mercado no cenário nacional atualmente se compararmos com os mercados dos Estados Unidos e da China? O consumidor brasileiro já está totalmente familiarizado? E em relação ao volume de vendas? 

Leandro Soares – O marketplace é responsável por 20% do que é vendido no mundo online no Brasil. A cada 5 produtos, um é vendido por meio desse canal. Esse número sobe para 33% nos Estados Unidos, e na China representa 90%. A minha pergunta é: o Brasil está na liderança desse movimento ou é o contrário? O Brasil ainda está um estágio atrás, mas o marketplace tende a aumentar muito porque falamos de uma indústria recente. O Mercado Livre surgiu em 1999, enquanto a maioria dos outros marketplaces surgiu em 2012, e a concentração de marketplaces na América Latina já é maior do que a do Brasil. Sobre o volume de vendas, os canais de venda online crescem aproximadamente 15% por ano, mas o mercado americano ainda está muito à frente do nosso.

6-Quais são as últimas novidades em tecnologia voltadas para a venda em marketplace que gostaria de destacar?

Leandro Soares – Após abrirmos a nossa API (plataforma), as integrações com o Mercado Livre aumentaram, pois antes não era possível integrar sites conosco. Isso aconteceu em 2012. Recentemente, no quesito dispositivo móvel, temos um aplicativo responsivo que vem crescendo em ritmo acelerado nos últimos anos, e permite que o vendedor publique fotos dos produtos, por exemplo. Também destacamos a experiência com a nossa ferramenta de Mercado Envios, em que a cada passo do processo de entrega do produto avisamos o status atual e  rastreamos todas as informações. Temos uma série de melhorias com o Mercado Envios para o consumidor.

7-Quais são os planos do Mercado Livre para os próximos cinco anos? Como imaginam que estará o mercado?

Leandro Soares – A empresa quer continuar a investir em melhorias de tecnologia. Acreditamos muito na “frente” das nossas lojas oficiais, ou seja, grandes marcas ou grandes varejistas que utilizam o Mercado Livre, como a Ricardo Eletro, Insinuante, Sony, Semp Toshiba, além das marcas que vendem diretamente utilizando o Mercado Livre. Também queremos melhorar cada vez mais nosso ecossistema, e adquirimos as empresas KPL e Axado para cuidarmos das gestões de estoque e de frete. Nossa intenção é que o Mercado Livre seja um lugar com todas as ferramentas necessárias para vender online. Recentemente, lançamos uma revista sobre o Mercado Livre, que está disponível em bancas de jornais e no site com todo o passo a passo sobre o processo de venda.

Por Redação

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