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comportamentos dos consumidores

Mais cautelosos, com o orçamento apertado e muito mais conscientes. Estas são apenas algumas particularidades que começam a ficar mais evidentes entre os brasileiros. Depois de uma década de prosperidade e estímulo ao consumo, a população se viu em meio à recessão econômica que tirou dela o poder de compra e limou do carrinho algumas categorias já alcançadas. Os fatores que despertaram o mau humor também ajudaram a construir um novo posicionamento e contribuiu para que boa parte da população ficasse mais prudente com os gastos e preocupadas com o futuro. Desse modo, é possível observar novas tendências nos comportamentos dos consumidores.

Reconhecidamente criativo, o brasileiro passou a olhar para o DIY (faça você mesmo em inglês) como uma saída para economizar e até mesmo reduzir o descarte ao utilizar material reciclável. Mais exigente, o brasileiro agora quer saber quais são as políticas e propósitos das empresas, o que abre caminho para o mindful branding. Mais do que nunca, as marcas devem ser mais claras em relação aos seus posicionamentos e ainda mostrar que suas práticas estão alinhadas ao discurso.

Apesar de parecer uma resposta ao momento econômico atual, estes hábitos devem se consolidar como um novo modelo de consumo para o futuro. Veja cinco comportamentos dos brasileiros que devem ganhar ainda mais força neste ano a seguir.

1 – Alto nível de consciência

Sem ter dinheiro para gastar e com medo das incertezas do futuro, o consumidor brasileiro ficou mais preocupado com o que suas aquisições podem representar no mundo. Ao ter que controlar os desejos e abrir mão da compra pela compra, o shopper reflete mais sobre quais são as reais necessidades em adquirir um produto.

Além disso, a palavra desperdício saiu definitivamente do dicionário dele, o que impacta diretamente na escolha dos produtos nos supermercados. Apesar do apelo promocional das embalagens tamanho família, por exemplo, o consumidor pensará duas vezes antes de pegar um item que sobrará ou que não terá serventia, em uma clara rejeição à compra excessiva. Este novo momento faz com que o brasileiro busque uma vida mais simples, mas sem perder algumas conquistas.

2 – Maior preocupação socioambiental

Ao adotar uma postura mais sustentável, o brasileiro entendeu que optar pelo comércio local é uma boa estratégia para ajudar a estimular a economia do seu entorno, garantindo a manutenção de postos de trabalhando e proporcionando maior receita para os entes governamentais.

Esse engajamento é ainda mais profundo com preocupação sobre a procedência do produto, processos de fabricação e ainda qual o impacto ambiental que ele provocará ao meio ambiente após o uso.

3 – Vida mais saudável

Não é de hoje que a saudabilidade entrou na rotina dos brasileiros, mas a tendência é que cada vez mais um maior número de consumidores abrace um estilo de vida mais saudável. Estimulados por influenciadores digitais que compartilham suas rotinas, a população passou a consumir mais itens ligados ao bem-estar, o que faz deste um dos segmentos que mais cresce no país, como mostrou a reportagem Saudabilidade: sem glúten, lactose e açúcar, mas com muito lucro.

O crescente número de pessoas diagnosticadas com intolerância a alguma substância também ajuda a movimentar o setor. Com a procura cada vez maior, a indústria tem se adequado a esta demanda aumentando a oferta de produtos diet, light, sem lactose e sem glúten. Ao melhorar a qualidade da alimentação, o brasileiro fica ainda mais exigente com o que está colocando à mesa, o que também tem impulsionado o mercado de produtos orgânicos. Mesmo ainda com valores muito acima da média, o acesso está se democratizando em função da maior oferta.

4 – Compras pela internet

Estar mais racional e sustentável não quer dizer que o brasileiro deixará de consumir, mas ele passará a buscar canais cada vez mais apropriados e que se encaixem com a sua nova realidade. Como o quesito preço está pesando mais nas decisões, as lojas virtuais aparecem como uma saída para equacionar esta questão. Com operação mais enxuta, o varejo online é mais competitivo e começa a se tornar um aliado neste momento de recessão. Justamente por conta dessa percepção, o e-commerce no Brasil foi um dos poucos setores que fechou com crescimento de dois dígitos em 2015. E a tendência é que este crescimento ainda continue nos próximos anos.

Não por acaso, em 2015, o fluxo de cliente no varejo físico teve redução de 6,8% se comparado a 2014, segundo a Virtual Gate.

5 – Equilíbrio entre custo e benefício

Já que deixar de consumir é impossível, a saída é se adequar à nova realidade e buscar soluções inteligentes e econômicas, diminuindo as exigências.

Outro mercado que também sentiu que o brasileiro está mais racional é de telecomunicações. Com a consolidação dos aplicativos de mensagens e facilidade de comunicação por meio da internet, o pacote de voz foi ficando obsoleto. Ainda impulsionado pela web, as plataformas que estimulam o consumo compartilhado, como AirBnb e Uber, estão virando aliados de quem quer economizar, assim como a troca de produtos e mercadorias, que está voltando a ser uma prática habitual. Isso sem contar nas empresas que fazem permuta, onde os indivíduos também entenderam que o escambo pode ser uma boa saída para acessar o que se deseja sem colocar a mão no bolso. Uma saída bem antiga, mas que volta a fazer sentido nos dias de hoje.

Por Redação Dr. e-commerce

Com informações do Mundo do Marketing

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