Um estudo divulgado pela Cisco Systems Inc Economics & Research Practice aponta um crescimento de 13,5% ao ano até 2015 no e-commerce global, em vendas de varejo online, viagens e automóveis. Foram entrevistadas 32 empresas de varejo que atuam em vendas on-line internacionais para definir quais suas prioridades, processos, e as complexidades de mercados específicos do e-commerce do exterior.

Quais medidas tomar para expandir?

A primeira etapa para um varejista da rede é a escolha das regiões onde os negócios serão iniciados ou expandidos. O importante é prestar atenção no montante de receitas dessas regiões hoje em dia para então poder estimar o potencial de ganho.

É necessário que as empresas tenham em mente como pretendem trazer novos produtos ou como serão as mudanças nos já existentes para que se adéquem de acordo com os gostos da população local para que além de trazer algo novo, possam corresponder às expectativas do público.

Essas informações ajudarão como o varejista gerenciará suas vendas no novo território.

Outro fator importante a ser estudado é a infra-estrutura do país, para avaliar a sensibilidade do seu e-commerce diante da qualidade das conexões de rede, sistemas de pagamento e transporte de volumes.  Segundo o relatório, a popularidade do e-commerce é o melhor indicador de que o mercado está pronto pra esse tipo de comércio e há chances de sucesso.

O estudo recomenda que departamentos da empresa como gerenciamento da marca e das plataformas tecnológicas e de navegação do site sejam feitos a partir da matriz, e que as funções que necessitam de conhecimentos específicos do mercado local sejam deslocadas para as novas regiões. Dentre as funções a serem deslocadas estão as que fazem a negociação com os transportadores locais, recebimento de pagamentos, contatos com bancos. É interessante a contratação de especialistas de marketing e merchandising nos locais devido a singularidades como gostos e costumes locais que podem aproximar a empresa dos clientes.

Quais as vantagens?

A expansão para um mercado global é de fato trabalhosa, mas segundo o estudo, os potenciais de lucro justificam a iniciativa. A estimativa é que mesmo com Estados Unidos, Reino Unido e Japão detendo cerca de 53% do e-commerce global em 2015, o potencial de crescimento de países como Brasil, China, Rússia, México e Espanha são de 26% ao ano até lá. Além disso, com uma gama maior de mercados, as empresas diminuem a dependência em uma só região.